Em uma entrevista exclusiva com José Aníbal Aguirre, CEO da GAT Events, coordenada e elaborada pelo Departamento de Comunicações da GAT, sob a direção de Natalia Moreno e Lida María Roldán, exploramos os principais objetivos por trás do GAT Showcase Santo Domingo e o impacto do evento no setor de jogos na República Dominicana e no Caribe.

Aguirre enfatiza que o evento foi projetado para ser uma referência na região, promovendo o diálogo entre autoridades governamentais e líderes empresariais e criando um ambiente regulatório seguro para investimentos locais e estrangeiros.

Ele destaca o papel da GAT na promoção da inovação e no crescimento do setor de jogos em todo o Caribe.

Além disso, Aguirre compartilha percepções sobre os desafios da organização do evento, a diversificação de expositores e visitantes e as lições aprendidas nas edições anteriores. Olhando para o futuro, ele descreve os planos para o futuro da GAT, levando em conta seus 25 anos de organização de eventos nesse setor, incluindo mercados e cidades em potencial para expansão.

Quais foram os principais objetivos que você definiu para esta edição da GAT Showcase Santo Domingo? Você acha que esses objetivos foram alcançados?

Os principais objetivos que estabelecemos para a GAT Showcase Santo Domingo foram posicionar o evento como uma referência na região e gerar um espaço de intercâmbio entre autoridades governamentais e empresariais.

Tenho orgulho de dizer que superamos nossas expectativas em termos de qualidade, participação e impacto. A presença de representantes de cinco países na agenda acadêmica e visitantes de 12 nações durante os dois dias do evento é prova de um espírito determinado de integração da indústria latino-americana que vai além de um objetivo, já que essa é a missão dos eventos do GAT.

Pela primeira vez, contamos com o apoio da Diretoria de Cassinos e Jogos, do Ministério da Fazenda, da Defensoria Pública e da Comissão Nacional Equestre.

Essa pluralidade de representantes governamentais é um sinal claro do momento histórico que está começando na República Dominicana com o diálogo entre governos e operadores, além das novas relações que estão surgindo entre todo o ecossistema do setor.

Como você tem visto a evolução do setor de jogos no Caribe e que papel a GAT desempenha nesse desenvolvimento?

Vemos a República Dominicana como líder no Caribe e a GAT contribui para esse desenvolvimento, criando uma rede de relacionamentos que, em uma reunião presencial, fortalece as políticas do governo, aproximando-o dos empresários nacionais e estrangeiros, ávidos por uma regulamentação que garanta a segurança jurídica de seus investimentos.

Somos facilitadores do diálogo entre reguladores, operadores e fornecedores. Acreditamos que o setor na República Dominicana está sendo gerenciado com responsabilidade e que, embora tenha havido uma primeira regulamentação dos jogos on-line este ano, o setor apresenta grandes desafios nesse tópico crescente e em ebulição.

Quais foram os maiores desafios na organização desse evento em Santo Domingo?

Um dos maiores desafios foi consolidar parcerias locais que nos permitissem entender e nos adaptar à dinâmica do mercado dominicano. Também foi fundamental garantir que o evento não só chamasse a atenção de nossos clientes tradicionais, mas também que integrasse o setor e as autoridades locais, o que foi fundamental para seu sucesso.

A logística de organizar um evento desse porte em uma nova jurisdição é sempre um desafio, mas graças ao trabalho em equipe e aos principais apoiadores, como a Dominican Association of Gaming Casinos, a Asocol, o G&G Studio Legal e, é claro, a Corporación Iberoamericana de Loterías CIBELAE, conseguimos atingir e superar as metas propostas.

Que impacto você espera que esse evento tenha sobre o setor de jogos na República Dominicana e na região do Caribe?

Estou convencido de que esse evento está marcando um antes e um depois para o setor na República Dominicana.

Gostaria de destacar o início de uma campanha de jogo responsável e de autoexclusão, proposta pela Diretoria de Cassinos e Jogos.

É inescapável a importância da prevenção e do combate ao crime, dando prioridade à detecção dos riscos de lavagem de dinheiro, uma questão prioritária na agenda do Ministério das Finanças do país, que tem em vigor um trabalho de vigilância específico por meio da figura do compliance officer, incluído entre os funcionários das operadoras do setor com o apoio da inteligência do Estado e do sistema de justiça.

Além disso, acreditamos que esse tipo de encontro fortalece as relações entre os participantes do setor, promovendo a inovação, o investimento e a expansão de novos negócios, tanto na República Dominicana quanto no resto do Caribe.

Como o perfil dos expositores e visitantes tem se diversificado ao longo das diferentes edições da GAT?

Estamos vivenciando uma revolução tecnológica sem precedentes. Com um histórico de 25 anos de organização de eventos no setor de jogos, a diversificação é obviamente total.

Hoje, não temos apenas jogadores tradicionais, mas também uma grande oferta de novos jogos, jogos virtuais, cassino ao vivo, setores relacionados a esports, plataformas de pagamento, empresas de segurança cibernética e de proteção de dados e identidade, o que reflete a convergência de várias indústrias nesses eventos e, portanto, o alcance em muitos setores da economia internacional e de cada país.

Também integramos novos mercados emergentes na região e representantes de vários setores verticais que veem a GAT como uma plataforma de crescimento e inovação.

Que lições aprendidas em eventos anteriores influenciaram a organização desta edição?

Uma das lições mais importantes que aprendemos é a necessidade de nos adaptarmos às particularidades de cada mercado. Cada país tem seus próprios desafios regulatórios, culturais e comerciais, e é fundamental estabelecer parcerias locais para garantir o sucesso do evento.

Também aprendemos que a inclusão de uma forte agenda acadêmica, com conferências de alto nível, é fundamental para atrair os principais tomadores de decisão do setor.

Especificamente, a mudança que experimentamos ao transferir o showcase de Punta Cana para Santo Domingo foi muito positiva.

Sabemos que o local escolhido por três anos no setor de turismo mais importante da República Dominicana tem grandes atrativos e, ainda assim, em termos de negócios, a confluência de mais de 500 operadoras locais para a capital do país fala por si só.

Portanto, no próximo ano, nos dias 6 e 7 de novembro, estaremos novamente no Renaissance Jaragua Hotel and Casino como o principal local da GAT Expo Santo Domingo.

Que planos vocês têm para o futuro da GAT e que cidades ou mercados estão considerando para as próximas edições?

Para o futuro da GAT, temos grandes planos. Nossa próxima parada será Cancun, onde realizaremos a GAT Caribe Cancun, que terminará em novembro de 2024, com o apoio da AIEJA.

Além disso, estamos nos preparando para a GAT Expo Cartagena 2025, nos dias 28, 29 e 30 de abril, no Centro de Convenções Cartagena Las Americas, onde esperamos expandir ainda mais nosso foco nos esportes eletrônicos com um grande evento dedicado a essa comunidade em crescimento.

Voltaremos ao México de 19 a 21 de agosto, continuaremos com a GAT Expo Bogotá em setembro e concluiremos o calendário de 2025 em Santo Domingo, em novembro.